domingo, 2 de setembro de 2018

V de Viado, V de Vagner, V de Verdade!




Esta é uma peça de teatro de um jovem ator, Vagner Jesus, oriundo do grupo de teatro E², do Alto do Cabrito, subúrbio ferroviário de Salvador. Um talento criado nos palcos onde acontece, há dois anos, o Sarau do Cabrito, escola de dança, interpretação, música, poesia. É de lá que vem, da fábrica de artistas, um dos recantos mais lindos de Salvador, para quem chega para apreciar o por do sol, conhecer a arte dos meninos e meninas das quebradas...

E a peça, monólogo, desafio para quem está em início de carreira, surpreende. Vagner Jesus não titubeia, não gagueja, não deixa “branco” em nenhum momento da apresentação. A cena rola solta, dinâmica, envolvente, comovente. Conta, em detalhes, o desafio de ser homossexual em uma família ‘normal’ brasileira, em que pai e mãe são, como sempre, os piores algozes, discriminando, reprimindo, destruindo a vida e psique de jovens desse mundo afora.

E para o estreante Vagner Jesus – esta é a primeira apresentação profissional, dirigida pelo talentoso e veterano Leno Sacramento, que, além de ser parte do Bando de Teatro Olodum e já ter na carreira de ator peças como Cabaréééé da Raça!, filmes globais etc, e o recente monólogo En(Cruz)Ilhada, não deixou nada a desejar aos melhores profissionais. Aliás, Vagner já apareceu na nova montagem de “Ó Paí, Ó”. O desafio em V de Viado é barril dobrado, por estar só no palco, encarnando um personagem difícil, com uma história de vida dolorida e sofrida. Mas ele se safou muito bem, sem trejeitos forçados, sem apelação, conduziu a trama com segurança e firmeza.

Recomendadíssimo, aproveitem, pois o jovem está só começando sua carreira nos palcos centrais e, pelo andar da carruagem, vai rolar muita merda em todas as apresentações dele. Por isso, pague seus dez reais (ou a meia, cinco), pois em breve teremos que voar para longe para vê-lo e aplaudi-lo. Por enquanto, é a preço de chamariz. Nasce um talento e o E² está de parabéns por tudo.

Ah, e antes de entrar na sala de apresentação, deguste Vera Veremos, com a esquete linda e pujante “Bicha Esperança”!

Quer saber mais? Abaixo tem o release oficial. É logo ali, e tem o mês de setembro todo.

Valdeck Almeida de Jesus
Poeta, Jornalista, Escritor
www.galinhapulando.com

Fotos tiradas no dia 02.09.2018, clique aqui...


V de viado

Mermão, você é viado? Do nada. Do nada perguntou: você é viado? Eu falei: Sou. Ele estranhou, assim, pensou, “porra esse cara falou assim na lata” “não to acreditando não… deve tá de saca comigo…”. Aí ele perguntou de novo: Você é viado? Não… Viado, viado mesmo? Viado! Você é viado? Eu olhei dentro da bola do olho dele, sem piscar nem nada, falei: Sou.
“Nem viado negão pode ser?...”, já dizia o Bando de Teatro Olodum em Cabaré da Raça (1997). “Viado também é gente, viu?”
Diante do espelho, o que você vê?
No palco, o ato poético de Vagner Jesus dá (re)existência à bixa preta, Victor. A cena é uma celebração à vida e a continuidade das ancestrais e suas rotas de luto e luta para sermos quem somos e estarmos quem estamos, sem medo de sonhar. Outros futuros para nós e para as bixas pretas que estão e que virão são apresentados como possibilidades. V de Viado é um ritual sensível, com direito a close, glitter, riso e grito, pela recuperação das humanidades usurpadas pelas políticas de eliminação. Cada ofensa e cada julgamento atribuídos por sermos quem somos, pretos e viados, bixas pretas, se dissolvem nas afetividades, no autocuidado e no amor. Nos vemos diante do espelho, recompomos nossas identidades a partir da imagem e continuamos. Seguimos. Convite a (re)existir com V de Viado, ato estético e ético. Convite a estar em cena com V de Viado, dentro e fora do teatro,  sendo e estando quem se é, sem medo de sambar, sonho e sorriso.


SERVIÇO

Quando: 01, 02, 15, 16, 22 e 23/09/2018, às 19H.
Local: Sala João Augusto, Teatro Vila Velha.
Com: Vagner Jesus
Direção: Leno Sacramento 
Assistente de direção: Alonso Natureza
Classificação: 14 anos  
Ingresso: R$ 10,00 (inteira) R$ 5,00 (meia)


Quantidade de lugares: 60

Estacionamento: sim



Ponto de Venda Sem Taxa: Bilheteria do Teatro
Endereço: Av. Sete de Setembro, s/n - Passeio Público - Campo Grande, BA, 40080-110
Contato: (71) 3083-4600
REGRAS PARA MEIA-ENTRADA
Estudantes (Com Carteira de Identificação Estudantil)
Pessoas com deficiência, inclusive seu acompanhante quando necessário.
Idosos e Terceira Idade (Cartão de Aposentado ou RG para maiores de 60 anos)


sábado, 25 de agosto de 2018

Poéticas Periféricas no Parlamento Internacional de Escritores da Colômbia



Aconteceu hoje, 24 de agosto de 2018, no Salão Pierre Daguet, da Escola Superior de Belas Artes da Colômbia, em Cartagena das Índias, a palestra de Valdeck Almeida sobre a potência da poesia das quebradas, com o livro "Força Feminina: a poesia que liberta", resultado de oficinas ministradas pelo poeta Evanilson Alves, com jovens sob privação de liberdade na Case Feminina de Salvador. Foi apresentado, também, o livro "Poéticas Periféricas: novas vozes da poesia soteropolitana", que reúne 100 poetas de saraus e slams de bairros da capital baiana. 


Com ênfase no perigo que a poesia e a palavra livre representam para o sistema, Valdeck Almeida de Jesus interagiu com a plateia repetindo que as minorias organizadas são perigosas para o sistema: poetas, mulheres, indígenas e jovens negros; e que a arte, especialmente a arte da palavra, é o antídoto para o enfrentamento. O refrão foi a frase “Quer ser perigoso, vá ler um livro”, do 
escritor e poeta baiano Sandro Sussuarana.

Em seguida apresentou a frase do poeta Giovane Sobrevivente, “A poesia chega antes da bala”, que resume bem as atividades de poetas que organizam a resistência contra as opressões e em favor da vida dos jovens negros.

Logo depois foi feita uma breve descrição do trabalho de seleção dos poemas e dos lançamentos do Poéticas Periféricas no Sarau da Onça, na Bienal Internacional do Livro de São Paulo e na Festa Literária Internacional do Pelourinho.

Foi denunciada a violência e o genocídio da juventude
negra, com os números estarrecedores de 60 mil vidas ceifadas por ano. Para concluir, Valdeck leu a versão traduzida de "Te incomoda ver", de Rilton Junior (revisado pela atriz argentina Paula Cardozo) e, logo em seguida, foi exibido vídeo homônimo, em português, em que o Poeta com P de Preto canta dois poemas de sua autora.

A recepção foi excelente. 
A poesia pulsante da juventude, a forma de escrita e a ênfase na luta contra todos os crimes e opressões chamaram especial atenção de escritores e poetas de várias partes do mundo que estavam no parlamento de escritores. O público ficou interessado em ler os poemas em espanhol, o que fortaleceu o desejo de tradução do livro e de expandir sua divulgação em outros países latino americanos.

Para Valdeck Almeida de Jesus esta foi “Uma das maiores alegrias de minha vida (mesmo tendo perdido meu irmão Valdir Almeida de Jesus - Dida, na mesma semana que estou no XVI Parlamento Internacional de Escritores da Colômbia). Apresentar o livro Poéticas Periféricas para um público heterogêneo, composto de poetas, pesquisadores, escritores, professores de vários países do mundo. E denunciar o genocídio, e demonstrar que a poesia salva vidas. Obrigado poetas e poetas das quebradas, meu coração está batendo mais forte e rápido. E tudo isso com o apoio incondicional da amiga Rita Pinheiro, companheira dessas caminhadas literárias...”.

Ao final, o poeta repetiu a frase símbolo do parlamento:

"Si hablas, mueres; si no dices nada, también mueres; Así, pues, habla y muere" (Tahar Djaout), que pode ser lida em tradução livre como: "Se falas, morres; se não dizes nada, também morres; Assim, pois, fala e morre"... e fez uma paródia:

"Se escreves poesia, morres;
Se não escreves, morres;
Então, escreva, faça denúncia,
Mude o mundo,
Não morras,
Se tornes imortal!"
                         (Valdeck A. de Jesus)


Fotos e vídeos: Rita Pinheiro e Paula Cardozo

Álbum de fotos do Facebook Clique aqui


Vídeo da apresentação Clique Aqui

segunda-feira, 6 de agosto de 2018

Mesa Farta de Literatura Negra e Periférica na Casa do Benin



Literatura e Culinária enriquecem o cardápio de atividades da
Casa do Benin durante a 2ª FLIPELÔ

Entre os dias 09 e 12 de Agosto, a Casa do Benin (Pelourinho) se junta à movimentação da 2ª FLIPELÔ e oferece ao público uma programação especial que envolve literatura, culinária, música e muito mais. Com destaque para a produção literária negra e da periferia da cidade, a mesa da Casa do Benin será, literalmente, bem servida. A comida afrodiaspórica da chef Angélica Moreira, do Ajeum da Diáspora, dará o sabor para rodas de conversas literárias, performances poéticas, apresentações musicais, além de um encontro de saraus e de um slam (batalha poética). Também acontece uma feira livre com livros e produtos afins.

A Casa do Benin é um dos espaços culturais administrados pela Prefeitura Municipal de Salvador, através da Gerência de Equipamentos Culturais (GECULT) da Fundação Gregório de Mattos (FGM). Assumindo a idealização e coordenação geral da iniciativa, o gerente da GECULT, Chicco Assis, explica que a participação da Casa do Benin na Festa Literária exalta dois expoentes da literatura soteropolitana – a produção literária negra e das periferias.Segundo o gerente, “Salvador, que há muito se destaca no cenário literário nacional e internacional, graças a obra de inúmeros dos seus escritores negros, tem sido bastante fortalecida atualmente pelos movimentos que tem acontecido nas periferias da cidade, capitaneados especialmente pela juventude negra, através saraus, slams e outros acontecimentos”.

O espaço, que já havia participado da edição anterior da FLIPELÔ, ainda que de forma mais tímida, com contações de história e lançamento de livros, pretende atrair para o evento um público específico formado em sua maioria por artistas e outras pessoas que se interessam pelos motes que serão valorizados pelas atividades propostas. Assis complementa ainda que “sendo a Casa do Benin um espaço aglutinador e difusor das relações culturais estabelecidas entre a Bahia e a África, a sua participação na Festa Literária, enaltece a poética da negritude e das periferias. Com isso, os laços do espaço com a ancestralidade afrodiaspórica é revalidado, além de uma grande contribuição para debates de extrema urgência na atualidade, como o combate ao racismo, à intolerância religiosa e ao extermínio da juventude negra que ainda insistem em nos rodear”.

Nos quatro dias de programação, o acervo da Casa do Benin, com obras coletadas por Pierre Verger em expedições à África, estará aberto à visitação sempre das 10 às 17h. No primeiro dia, 09, quinta-feira, o grupo Gangara realiza uma roda de capoeira. Já na sexta, dia 10, às 19h, as editoras Organismo e Segundo Selo realizam a primeira roda de conversas sobre Literatura Negra Contemporânea e Processos Criativos, coordenada por Silvânia Carvalho e que contará a participação dos autores baianos Davi Nunes, Vânia Melo e Alex Simões.

No sábado e no domingo, dias 11 e 12, das 10 às 17h, acontecerá no Pátio da Casa do Benin, a PeriFeirAfro Literária e, que tem a proposta de expor e comercializar de livros e produtos afins, além de promover sessões de autógrafos de escritores e escritoras negras e da periferia. Já estão confirmas as participações das editoras baianas Organismo, Segundo Selo, Galinha Pulando e da carioca Malê.
   
O sábado será o dia da Ocupação Poéticas Periféricas, liderada pelo poeta Valdeck Almeida, do selo Galinha Pulando. Além da PeriFeirAfro, a partir de 11h, acontece o Ajeum Lítero-Sonoro, com a chef Angélica Moreira e seu Ajeum da Diáspora apresentando e servindo um suculento Cozido, acompanhado de entradas e de batidas preparadas com coco, tamarindo e maracujá, batizadas de Fufu, Dedeu e Jajá. O almoço será servido ao som de Música Preta Preriférica, set list especial que será discotecado pelo DJ Gug Pinheiro. Às 13h, acontece o Sarau Poéticas Periféricas com integrantes do livro recém lançado que reúne 100 jovens poetas da periferia, que Almeida chama de “as novas vozes da poesia soteropolitana”. Às 14h, acontece mais uma roda de conversas, com o tema: A Poética Periférica no Centro da Literatura Sorteropolitana, com a participação dos poetas Gisele Soares, Sandro Sussuarana, Samuel Lima, Luz Preta Marques, Fabrícia de Jesus e Rilton Júnior. E a partir das 15h, acontece o ápice da ocupação com um Encontro de Saraus, uma roda poética com representantes dos mais importantes saraus e coletivos poéticos da cidade – Sarau Bem Black, Sarau da Onça, Sarau do Cabrito, Sarau do JACA, Sarau da Raça, Sarau Bairro da Paz Vive e Coletivo Pé Descalço.

Para finalizar a programação, no domingo, além da PeriFeirAfro, será a vez do poeta Nelson Maca e seu Candomblacksia capitanearem a Ocupação Dia Preto, se preto ele for! A partir das 11h, acontece mais um Ajeum Lítero-Sonoro. Para este dia, a chef Angélica Moreira promete servir um dos pratos mais cobiçados no Ajeum da Diáspora, o Efó, que poderá ser acompanhado de Peixe ou Frango. E, nas pick-ups de DJ Gug Pinheiro, muita Música Preta Brasileira.Às 13h: acontece a apresentação do CandomBlackesia: Axé e Poesia na Batida, que na Flipelô anterior atraiu uma multidão. Nelson Maca & Afro-Power-Trio: Dj Gug, João Teoria e Mestre Jorjão Bafafé realizam uma performance afro-poética e musical que conta com a participação de convidados especiais: Alexandra Pessoa, Lee27, Vera Lopes e Netas de Francisca: Lucia Santos e Luiza Gonçalves. Já 14h, as atrizes Vera Lopes e Emile Lapa apresentam Letras e Vozes de Mulheres Negras, uma performance que promove o diálogo entre poemas de Carolina Maria de Jesus e Conceição Evaristo. Às 15h, acontece a roda de conversas Escrita Atual da Bahia Preta, com os escritores e escritoras que participam da PeriFeirAfro Literária. O encerramento, às 16h, fica por conta da Free Pelô: Slam dos Slans, que promoverá uma batalha poética entre representantes de importantes slams que acontecem em Salvador – Slam da Onça, Slam Lonan, Slam das Minas e Slam da Raça.

O acesso à Casa do Benin é gratuito. Os produtos das feiras serão comercializados a preços acessíveis, e os pratos do Ajeum da Diáspora terão valor de R$30 por pessoa.“A ideia é que o público da Flipelô possa circular pela Casa do Benin, para conhecer o acervo deste espaço e ainda fortalecer a economia negra e periférica”, destaca Chicco Assis.

A programação da Casa do Benin na Flipelô é uma realização da Fundação Gregório de Mattos e da Prefeitura de Salvador. A parceria da Fundação Casa de Jorge Amado, realizadora da Flipelô, bem como das editoras Organismo, Segundo Selo, Malê,  Galinha Pulando, do grupo Candomblacksia, dos poetas Nelson Maca e Valdeck Almeida, e dos diversos artistas e demais profissionais que participam do evento, é de fundamental importância para o sucesso do evento.

SOBRE A CASA DO BENIN
Administrado pela Prefeitura de Salvador, através da Fundação Gregório de Mattos, a Casa do Benin se destaca como um dos principais espaços culturais da cidade no que se refere às relações afrodiaspórica. Inaugurado em 1988, a Casa do Benin tem projeto arquitetônico assinado por Lina Bo Bardi, que preservou a fachada do casarão colonial e internamente promoveu o diálogo da arquitetura antiga com o concreto tão utilizado pela arquitetura moderna. No prédio principal, tem uma sala de exposições permanente que abriga o acervo de peças coletadas pelo fotógrafo e etnólogo Pierre Verger em expedições realizadas pela costa beninense, além de uma sala de exposições temporárias e um auditório. Já no prédio anexo, além de uma sala multiuso e de um terraço com vista privilegiada para o Centro Histórico e de uma cozinha industrial, o pátio abriga a reprodução de edificações beninenses chamada de Tatassomba. No ano em que completa 30 anos, a Casa do Benin retoma o diálogo com a Fundação Pierre Verger, que completa a mesma idade, e preparam para o mês de novembro a abertura de uma exposição que ocupará os diversos espaços da Casa com a obra de Verger, além da realização de diversas atividades relacionadas à cultura afro-brasileira.

SOBRE A 2ª FLIPELÔ 
A 2ª Festa Literária Internacional do Pelourinho – FLIPELÔ insere Salvador, pelo segundo ano consecutivo, no cenário nacional de eventos literários. De 8 a 12 de agosto ocupa diversos espaços do Centro Histórico com uma programação com muita literatura para todos os gostos e idades, além de apresentações teatrais, musicais, exposições e uma rota gastronômica. Realização da Fundação Casa de Jorge Amado, a 2ª FLIPELÔ tem como tema a frase do grande autor baiano “a amizade é o sal da vida” e é em homenagem ao escritor itaparicano João Ubaldo Ribeiro, grande amigo de Jorge Amado. Mais de 50 atividades serão realizadas de forma gratuita e todos estão convidados.

SERVIÇO
O que: Programação da Casa do Benin na Flipelô
Quando: 09 a 12 de Agosto
Onde: Casa do Benin - Rua Baixa dos Sapateiros, 7 - Pelourinho (ao pé da Ladeira do Pelô)
Quanto: Programação Cultural e Visitação – Gratuita, Feira Literária – Livro com preços acessíveis, Ajeum da Diáspora – R$30,00 – Entrada e Prato Principal
Informações:http://www.culturafgm.salvador.ba.gov.br / 3202-7890 (Casa do Benin) / 3202-7823 (ASCOM FGM)


CASA DO BENIN NA 2ª FLIPELÔ
PROGRAMAÇÃO COMPLETA

– QUINTA, dia 09/08
10 às 17h – Visitação à Exposição Permanente do Acervo da Casa do Benin
19h – Roda de Capoeira com o Grupo Gangara
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– SEXTA, dia 10/08
10 às 17h – Visitação à Exposição Permanente do Acervo da Casa do Benin
19h –Roda de Conversas: Literatura Negra Contemporânea e Processos Criativos – Roda de Conversas coordenada por  Silvânia Carvalho, com a participação dos autores: Davi Nunes, Vânia Melo e Alex Simões. Organizado pelas editoras Organismo e Segundo Selo.

– SÁBADO, dia 11/08
10 às 17h – Visitação à Exposição Permanente do Acervo da Casa do Benin e PeriFeirAfro Literária – Exposição e venda de livros e produtos afins, com sessão de autógrafos de escritores e escritoras da periferia. Editoras convidadas: Organismo, Segundo Selo, Malê, Galinha Pulando e outras.

A partir de 11h – Ajeum Lítero-Sonoro – A chef Angélica Moreira e seu Ajeum da Diáspora – apresenta e serve o prato do dia: Cozido. DJ Gug Pinheiro discoteca Música Periférica Brasileira

A partir de 13h – Ocupação Poéticas Periféricas – organizada por Valdeck Almeida e pela Editora Galinha Pulando

13h – Sarau e lançamento do livro Poéticas Periféricas: A nova voz da poesia Soteropolitana, com a participação de poetas da coletânea.

14h – Roda de Conversas: A Poesia Periférica no Centro da Literatura Sorteropolitana, com a participação dos poetas Gisele Soares, Sandro Sussuarana, Samuel Lima, Luz Preta Marques, Fabrícia de Jesus e Rilton Júnior.

15h – Encontro de Saraus–Roda poética com representantes de importantes saraus e coletivos poéticos da cidade – Sarau Bem Black, Sarau da Onça, Sarau do Cabrito, Sarau do JACA, Sarau da Raça, Sarau Bairro da Paz Vive e Coletivo Pé Descalço.

–  DOMINGO, dia 12
10 às 17h – Visitação à Exposição Permanente do Acervo da Casa do Benin PeriFeirAfro Literária – Exposição e venda de livros e produtos afins, com sessão de autógrafos de escritores e escritoras da periferia. Editoras convidadas: Organismo, Segundo Selo, Malê, Galinha Pulando e outras.

A partir de 11h – Ajeum Lítero-Sonoro – A chef Angélica Moreira e seu Ajeum da Diáspora – apresenta e serve o prato do dia: Efó, com peixe ou com frango. DJ Gug Pinheiro discoteca Música Preta Brasileira

13h – CandomBlackesia: Axé e Poesia na Batida Performance afro-poética e musical com Nelson Maca & Afro-Power-Trio: DjGug, João Teoria e Mestre Jorjão Bafafé e convidados: Alexandra Pessoa, Lee27, Vera Lopes e Netas de Francisca: Lucia Santos e Luiza Gonçalves

14h – Letras e Vozes de Mulheres Negras– Vera Lopes e Emile Lapa apresentam performance com diálogo entre poemas de Carolina Maria de Jesus e Conceição Evaristo

15h – Roda de Conversas:Escrita Atual da Bahia Preta– Roda de conversa com escritores e escritoras que participam da PeriFeirAfro Literária

16h: FreePelô: Slam dos Slans – Slam de poesia com representação de slams pioneiros de Salvador – Slam da Onça, Slam Lonan, Slam das Minas e Slam da Raça.



Os poetas do livro "Poéticas Periféricas" devem participar do sarau e das atividades na Casa do Benin: Vinícius Araújo, Gisele Soares, Marcos Paulo Silva, Cairo Costa, Riick Stiller, Camila Ceuta, Alex Bruno, Milica San, Mateus Skyjin, Taíssa Cazumbá, Preto Jhoy, Samuel Lima, Breno Silva, Isadora Nascimento, Kelvin Santos, Thi Zion, Dricca Silva, Negreiros Souza, Rilton Junior, Lislia Ludmila, Amanda Quésia, Preto Disgraça, José Cláudio Onofre, Danilo Lisboa, Josue Ramiro Ramalho, Ray Santana, Giovanni Cavalcanti, Conceição Ferreira, Lázaro da Paz, Marivaldo Gomes Gonçalves, Victória Alcântara, Tiago Oliveira Nascimento, David Alves, Gonesa Gonçalves, Lidiane Ferreira, Jennifer Santana, Iago Santana, Ian Santana, Amanda Denis, Ayala Santana, Jenifer Oliveira, Rool Cerqueira, Vanessa Coelho, Jaqueline Ferreira, Mariana Oxente Gente, Kuma França, Lucas Silva, Guy Falcão, Heder Novaes, Pareta Calderasch, Niel Souza, Jackeline Pinto Amor Divino, Pedro Zaki, Pedro Maia, Allison Chaplin, Pedro Lucas, Anajara Tavares, Alan Felix, Andrei Williams, Geilson dos Reis, Udimila Santos, Marina Lima, Gamp, Igi Emi, Indemar Nascimento, Carlos Leleco, Carlos Meneses, Renildo Santos, Celeste Costa, Fabricio Britto e Patric Adler, Davi Mariston, Chirley Pereira, Manuela Ribeiro, Poeta Noite e Mano Jack, Gleide Davis, Zenon Santos, Fabrícia de Jesus, Bia Santana, Júlia Victória Tavares dos Anjos, Evanilson Alves, Diana Manson, Larissa Barros, Ayran Búfalo Reis Yaiá, Adriana Gatto, Michelle Saimon, Zezé Olukemi, Lucas Barbosa, Luan Victor, Luz Marques, Edson Junior, Rafael Pugas, Fabiana Lima, Ludmila Singa, Iaiá Vilanueva, Sandro Sussuarana, Jamile Santana, Yuna Vitória, Adriele do Carmo e Damiana Sá.

Poéticas Periféricas na Bienal de São Paulo 2018



Foi lançado o livro "Poéticas Periféricas: novas vozes da poesia soteropolitana" na Bienal de São Paulo 2018, estande PerSe Editora, dia 04.08.2018, das 14:30 às 16:30hs.
Viagem literária para Sampa, com "Poéticas Periféricas: novas vozes da poesia soteropolitana". No mesmo dia 04 de agosto, o lançamento da parceira Rita Pinheiro, com o livro "Os poemas que eu nã gostaria de ler, nem você de ler".
Dinheiro move o mundo, mas a poesia move muito mais. E, assim, Renata Rimet foi por sua conta e risco, com o esposo Naelson Ceuta, para representar a filha Camila Ceuta, do "Poéticas Periféricas" e da banda Zimoblack, que deu um canjão no lançamento do livro no Sarau da Onça.
Poéticas na mesa, fizemos correrias para alcançar destaque e visibilidade para a obra literária: Djamila Ribeiro, referência nacional;
Ferrez, o pai da literatura periférica; Slam da Ponta; professora da periferia de Santos-SP; autografamos para a Slamer Elaine, do Movimento Rap das Mulheres... Fizemos uma jornada forte. Fizemos, ainda, contato com
Vera Eunice de Jesus, filha de Carolina Maria de Jesus, Elizandra Souza e o Sarau das Pretas...
E, da Colômbia, Bruna Hercog e Alana Brito enviaram fotos das Poéticas Periféricas fazendo intercâmbio com os grupos: Colectivo Jóvenes de Rio Negro (pueblo Rio Negro, no sul da Colômbia) e Plataforma Feminista de Caldas (cidade de Manizales), por enquanto...
E via ZAP, tudo ao mesmo tempo agora (risos), negociações para participação na programação paralela da Flipelô, através da Casa do Benin, a convite do jovem idealizador e incentivador cultural Chicco Assis. A qualquer momento sai a programação.


domingo, 29 de julho de 2018

Prestação de Contas Livro Poéticas Periféricas


A prestação de contas (que já foi feita à Fundação Cultural do Estado da Bahia - Funceb), posso enviar por e-mail ou entregar xerox das notas fiscais e relatórios das despesas para quem assim o desejar.

O livro "Poéticas Periféricas: novas vozes da poesia soteropolitana" foi selecionado na 1ª Chamada do Calendário das Artes (Funceb/Secult-BA) em agosto de 2017. O valor total do prêmio foi de R$ 13.000,00 (treze mil reais). Abatido o Imposto de Renda (já vem descontado), no valor de R$ 2.600,00 (dois mil e seiscentos reais), foi depositado em minha conta o valor líquido de 10.400,00 (dez mil e quatrocentos reais).


A proposta era de imprimir 3000 exemplares do livro. Porém, como a quantidade de poetas selecionados e com os preços de papel subindo todos os dias, INFELIZMENTE, fui obrigado a refazer a proposta e encaminhar à Funceb/Secult-BA (que aprovou a alteração) e só pudemos imprimir 2000 exemplares. Pela proposta, 20% do produto (livro), deveria ser entregue à Funceb/Secult-BA para distribuição a bibliotecas públicas e comunitárias de Salvador, Região Metropolitana e às bibliotecas estaduais na capital, Ilha de Itaparica e Lençóis (ou onde quer que estas bibliotecas se encontrem).

Então, 2000 - 400 (20%), sobraram 1600 exemplares para serem entregues aos poetas. Foram selecionados 102 poetas. A soma é: 102 x 14 (foram entregues 14 exemplares a cada poeta) = 1428 exemplares entregues aos poetas.

1600 - 1428 = 172 livros restantes

172 livros - 61 vendidos no lançamento = 111 livros restantes

111 - 5 livros vendidos no ICBA/Goethe = 106 livros restantes

106 - 1 vendido para Rio Grande-RS = 105 livros restantes

105 - 1 vendido no IHAC-UFBA - 104 livros restantes

104 - 10 livros entregues com releases a TV, Rádio e Jornal = 94 livros restantes

94 - 10 livros enviados para Colômbia para projetos periféricos - 84 livros restantes

84 - 5 entregues a pesquisadores = 79 livros restantes (a conferir)

Renda das vendas:
61 no lançamento a 10 reais cada = 610,00
05 no ICBA a 20 reais cada          = 100,00
01 no Rio Grande a 30                  =   28,25 (Correio, envelope)
01 no Ihac-UFBA                          =   30,00
Em caixa                                        = 768,25 


Gastos Básicos
Editoração do livro                              =      700,00 (nota abaixo)
Transporte para 77 poetas x R$ 10,00 =      770,00 (recibos disponíveis + entregues em mãos)
Impressão do livro                               =   8.800,00 (nota abaixo)
TOTAL parcial                                    = 10.270,00

Recebido da FUNCEB                            10.400,00 - 10.270,00 = 130 reais

NOTAS:


Despesas não cobertas pelo edital, mas que fizemos em parceria, superaram o valor do prêmio. Listagem para simples conferência abaixo.

NÃO ESTOU VIAJANDO COM DINHEIRO DE EDITAL, NEM COM DINHEIRO DO LIVRO - Qualquer dúvida procurem a Fundação Cultural do Estado, Coordenação de Literatura
A viagem para São Paulo (avião, hotel, transporte dentro da cidade e de casa para o aeroporto etc, mais comida + impressão de livros na PERSE Editora para lançar na Bienal + Pacote de lançamento no estande da PERSE foi feito com meu salário, pois acredito no projeto de poesia periférica e no potencial do livro para, futuramente, quem sabe, vender o suficiente (em novas impressões, é claro). Os livros entregues aos poetas são para cada um/uma vender para si, para seus coletivos, doarem a amigos etc e ficarem com a renda dessas negociações.


Poéticas periféricas: novas vozes da poesia soteropolitana

Memorial de custos / despesas / receita

Itens Descrição Quantidades Unidade Quantidade de unidades Valor unitário Total da Linha Total
1 Assessoria de Comunicação 1 Serviço 6 meses 300,00 1.800,00 parceria
2 Coordenação 2 Serviço 6 meses 300,00 3.600,00 parceria
3 Impressão edital 1 Folhas 5 0,20 1,00 parceria
4 Elaboração do projeto 1 Folhas 1 500,00 500,00 parceria
5 Impressão do projeto para inscrição 2 Folhas 46 0,20 18,40 parceria
6 Impressão de cartas de anuência 1 Folhas 30 0,20 6,00 parceria
7 Recolher assinaturas nas cartas de anuência 1 Viagens 30 8,00 240,00 parceria
8 Inscrição via SEDEX 1 Taxas Sedex 1 25,00 25,00 parceria
9 Transporte ida e volta aos Correios 1 Transporte 2 20,00 40,00 parceria
10 Entregar documentos à Funceb 1 Transporte 2 20,00 40,00 parceria
11 Energia elétrica 1 Serviço 2 meses 30,00 60,00 parceria
12 Serviço internet 1 Serviço 2 meses 30,00 60,00 parceria
13 Capa desenho 1 Serviço 1 200,00 200,00 parceria
14 Contracapa desenho 1 Serviço 1 200,00 200,00 parceria
15 Capa escanear 1 Serviço 1 5,00 5,00 parceria
16 Transporte ida e volta para escaneamento 1 Transporte 2 20,00 40,00 parceria
17 Ficha Catalográfica 1 Serviço 1 200,00 200,00 parceria
18 ISBN + Código de Barras 1 Serviço 1 200,00 200,00 parceria
19 Ida e volta teatro Tia Má para negociar prefácio 1 Transporte 2 30,00 60,00 parceria
20 Peça teatro Tia Má 1 Ingresso 2 50,00 100,00 parceria
21 Impressão primeira versão do livro 1 Impressão 150 0,20 30,00 parceria
22 Correção ortográfica 1 Página 150 6,00 900,00 parceria
23 Editoração 1 Páginas 150 800,00 800,00 Desconto de R$ 100,00
24 Tratamento de imagem capa e contracapa 1 Imagens 2 40,00 80,00 parceria
25 Impressão boneca 1 Páginas 152 0,20 30,40 parceria
26 Impressão segunda boneca 1 Páginas 152 0,20 30,40 parceria
27 Ida e volta a gráfica para liberar impressão 1 Transporte 2 40,00 80,00 parceria
28 Impressão livro 1 Impressão 2000 4,40 8.800,00
29 Transporte dos livros 1 Transporte 2 40,00 80,00 parceria
30 Transporte livro para lançamento 1 Transporte 1 40,00 40,00 parceria
31 Transporte poetas 2 Passagens 100 5,00 1.000,00
32 Clipping de mídia, preparo e impressão 1 Clipping 1 200,00 200,00 parceria
33 Escanear poemas para poetas conferirem correções 1 Escaneameno 150 1,00 150,00 parceria
34 Imprimir carta anuência enviada via celular 1 Impressão 4 0,20 0,80 parceria
35 Preparo de dois prefácios 1 Produção de texto 2 200,00 400,00 parceria
35 Marcador de página 1 Marcador de página 2000 0,10 200,00 brinde
36 Cartaz 1 Cartaz 50 1,00 50,00 brinde
37 Banner para internet 1 Banner e Flyer 1 100,00 100,00 parceria
38 Depósito Legal (Biblioteca Nacional) 1 Livro + taxas correios 1 20,00 20,00
39 Reunião Funceb 1 Taxi 1 40,00 40,00
40 Transporte livros Gráfica 1 Taxi 1 200,00 200,00
41 Transporte livro Sarau 1 Taxi 1 200,00 200,00
42 Carregador 2000 livros 1 Carreto 1 100,00 100,00
43 Transporte 400 livros Funceb 1 Carreto e Taxi 1 100,00 100,00
44 Deslocamento entrega release 1 Transporte 1 200,00 200,00
45 Transporte entrevista Educadora 1 Taxi 1 50,00 50,00
45 Transporte entrevista TVE 1 Taxi 1 50,00 50,00
46 Transorte banda Zimoblack 1 Taxi 2 50,00 100,00
47 Copos descartávesi 1 Pacote com 100 1 5,00 5,00
47 Embalagens para livros 1 Pacote com 100 1 4,70 4,70
48 Lançamento Bienal São Paulo 1 Gastos editoriais 1 1.281,00 1.281,00
49 Transporte, Hospedagem, Comida 1 Deslocamento 1 1.200,00 1.200,00
TOTAL 23.897,70
PRÊMIO menos     10.400,00
        13.497,70 (DÉBITO = PAGOS PELOS PARCEIROS OU TRABALHARAM DE GRAÇA PARA O PROJETO)




Gastos Bienal: R$ 700 para lançar + 581,60 (imprimir livros) + hotel + avião + deslocamento aeroporto etc + comida SÃO POR MINHA CONTA. NÃO ESTOU USANDO DINHEIRO DO LIVRO NEM RECEBI EDITAL PARA VIAJAR. 

Transporte poetas entrevista Educadora FM (Andrei Williams, Michele Saimon, Preto Jhoy, Valdeck Almeida e Samuel Lima) 04.07.2018 - NÃO COMPUTADO

Transporte entrevista Valdeck TVE (06.07.2018) - NÃO COMPUTADO

Transporte entrevista Soterópolis ICBA (27.07.2018) - NÃO COMPUTADO