quinta-feira, 7 de junho de 2018

A carta




A carta

Acertar os passos e errar o número dos sapatos...
Esses dedos deslizando nos meus... é foto ou fato?
Aquela chuva com ca(r)rinho de mão. 
Aquele som inocente de Mamonas Assassinas
Aquele ler só... o lençol  menina!

Aquele trecho de “passarinhos”
Aquela farra de vinho
Aquele chegar no céu, do seu sol, sozinho, solar...
Aquela flor embelezando a rua
Aqueles clicks, que te mando nua...

Aqueles versos que existem
Aquela leitura triste, que eu também fiz.
Aquele violão, aquele bolo, 2 xícaras, doce e bem querer...
Esse pedido para acontecer...

Aqueles bombons guardados na memória que jamais perderam a validade
Aquela verdade no gogó
Aquela cesta na terça
Aquela cor escolhida, aquela maionese caseira
Esse querer bem, que faz algo haver.

Essa saudade escrita
Esse medo compartilhado
Os exageros exagerados

Aquele destrançar no ninho
Essa rua essa lua, aquela fase
Aquele vácuo de perversidade
Aquela vontade de perder o ponto pra te encher de liberdade...

Aquele tanto de segredos
Aquilo tudo postado
Os versos trocados
Aquela praia que ficou na foto
Aquela foto na minha sala

Aquele tudo dado e o beijo roubado.
Os abraços
Isso tudo engasgado.

Esse rosto todo que brilha
Essa vida!

Esse saber onde mora
Esse não conhecer
Esse meu olhar pedinte
Essa chateação que não existe, quando perto de você
Esse fim de linha
Essa passarinha
Esse refrigerante, de que?
Essa rua c...
Esse Uber que nem precisava aparecer...
Esse desejo de descer... (mentir Para quê?)

Esse seu pensar oceano
Esse eu mar, te navegando...
Essa inspiração que aflora.
Essa agora...

Essa poesia que mudou, para falar de amor.

Essa minha mania de ter pesadelos,
Esse feito
Esse efeito de gostar de alguém do meu jeito.

Esse tá longe e tá perto
Aquele “você vai colocar créditos?!”
Esse processo de sentir o que gente que é gente sente...
Esse sentimento inteiro.
Esse grandioso pouco
Esse gozo gritante no silêncio
Esse vento, esse tempo...

Essa febre por dentro
Essa intensidade
Essas verdades no travesseiro
Esse colar do meu jeito

Aquela peça no bolso
Aquele susto, aquele jogo
Aquele, “já cheirou quantas vezes, seu moço?”

Aqueles  😘💋😍
Aquela sedução
Aquela razão sem ser...
Aquele "por quê?... Pensei que era pra me ver"

Esse tudo para descrever
Aquela poesia que só ganha, porque fala de você.
Aquelas mãos dadas, esse sonho dividido
Aquela paixão que renasce, aquelas mensagens na viagem
Aquele chiclete amassado
Aquelas frutas de afago...
Esse Amor memorável!

Fabrícia de Jesus. Preta, mãe, suburbana, poetisa, um mar nos olhos, um barquinho pela vida. Sou quase menina, mas já nasci mulher!


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