Hierarquia
Maldita
(Danilo
Lisboa)
Lutando
para sair de Auschwitz com o corpo exausto
Contra
seguidores de Hitler que promovem o Holocausto
Elogios e
aplausos falsos aos nossos discursos
Porque,
na verdade, querem impedir nosso percurso.
Dom Pedro
proclamou e encontrou a Independência
Já o meu
povo se proclama, morre – ainda com sinais de sérias violências!
Sem ter a
MINHA CASA, perco a MINHA VIDA, mesmo com MAIS MÉDICOS
Desigualdade
colhe presos, mortos, paraplégicos...
Não
deixam que a pedra vença Golias.
A
impunidade covarde decreta Lei da Anistia
Aqui o
povo mal teve grana pra assistir jogo em estádio
Então foi
pra sua casa ligar, se tiver, sua TV ou seu rádio.
Doutrinados
pelo MEC muitas vezes são enfermos
Aprovados
com dificuldade de interpretar um texto
Eles não
te querem além do Ensino Médio
E ainda
dizem subliminarmente que você só é bom em Construção Civil,
MAS PRA
LEVANTAR, PRA ELES, OS GRANDES PRÉDIOS!
Centro-oeste...
Brasília é o alvo central;
Ação
revolucionária pra derrotar o mal.
A Capital
rouba o capital dos proletários,
Superfaturam
e dividem com os grandes empresários
Em
divisão de classes, o pobre ainda é visto como ridículo
Por não
ter viagem ao exterior nem aquisição de veículos,
Perseguição
pelo monstro do imposto e da inflação
E as ruas
das favelas sem pavimentação.
Faltando
dinheiro para o pão, vem mais uma noite de desgraça
“Filho, vai dormir que a fome passa!”
Pra nós,
as balas de borracha já não fazem diferenças
Porque,
nas periferias, são as balas letais que fazem sentenças.
Trancados
e condenados a não encontrar sequer uma fuga,
Tendo que
acordar quase sempre pra servir o opressor antes das 5 da madruga
Protesto
individualista em nada resultou
Sem ter
união total, eu não creio que
O Gigante
Acordou.
Danilo Lisboa reside no Bairro da Paz e é um
mobilizador comunitário e estudante de licenciatura em Geografia. Adepto ao
Movimento Hip Hop, foi integrante do grupo de RAP Delito Poético que fundou com
dois amigos em 2010. Atualmente dedica-se a promover atividades culturais para
incentivar jovens periféricos à produção artística e literária e, por vezes,
declama ou canta as suas criações.
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