Sobrevivente
(Thi Zion)
Às seis tocam os
sinos... navegar é preciso, viver é preciso
e nesse país de
assassinos, ainda cultivo os sonhos de menino.
Márcia (minha mãe)
mostrou o caminho:
batalhe mesmo
sozinha, sozinho.
Doe, mesmo que doa.
Some, mesmo que sumam.
E alguma coisa me diz
que dói mais o “ai”
de quem não teve pai
pra aprender a ser forte;
aprendeu pelo corte
da vida-navalha,
carta que se
embaralha em meio ao freio social.
Além do bem e do mal,
somente outro sobrevivente
da vida líquida que
liquida corpos.
Tomando vacina contra
a marcha dos mortos
que tem endereço de
classe e cor... vidas quase sem preço
sugadas pelo
aspirador de almas que aparece de várias formas:
Estado, drogas,
mercado. Ambição, TV, traição.
Sem união: futuro sem
previsão...
O que te faz parar
pra pensar: A novela ou o jornal nacional?
Instagram ou os
meninos no sinal? Pagofunk ou violência policial?
Caminho se faz
caminhando, e há dois sentidos pra divisão:
partilhar ou...
separar. Mas, lembre-se que a Terra toda é um só lar.
A prece que se tece
na escuridão, trará divina luz da criação.
O que temos agora? O
presente nas mãos e o mundo lá fora.
Não demora, vai com
tudo transformar teu sonho em fato, em ato
e mesmo em meio a
fauna, seja força e flora. Fé e flora.
A hora se faz...
agora!
Thiago Ribeiro é mais conhecido como Thiago Zion, ou ThiZion. Graduado
em Comunicação Social pela UNEB e participa atualmente do Coletivo de
Arte/Cultura popular ATUAR e da Associação Artístico Cultural Comunitária
Odeart, sediada no Cabula. Em 2012 publicou numa antologia poética da editora
VIVARA, a nível nacional; e começou a fazer o exercício da autopublicação em livretos autorais.
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