Sem RG
(Rool Cerqueira)
(Rool Cerqueira)
Os meninos não podem sair sem RG (2x)
Os fardado não alivia pra você (2x)
Os fardado não alivia pra você (2x)
Não dá tempo de tirar o RG
A polícia em geral não quer saber
Se for preto, favelado, 23h o fardado não alivia pra você
A polícia em geral não quer saber
Se for preto, favelado, 23h o fardado não alivia pra você
“Bora,
bora, bora vagabundo, cadê a droga?”
É pode crê, tome baculejo, tome baculejo e uma broca pra aprender...
Que o seu filho não pode sair sem o RG
É pode crê, tome baculejo, tome baculejo e uma broca pra aprender...
Que o seu filho não pode sair sem o RG
Extermínio da nossa raça
Nos prende, nos xinga, nos mata
Nas favelas jorra sangue de preto
E não é o filho do prefeito, muito menos do seu braço direito
Nos prende, nos xinga, nos mata
Nas favelas jorra sangue de preto
E não é o filho do prefeito, muito menos do seu braço direito
É meu primo, meu vizinho
Que não tinha o passe pra preto
É tipo apartheid nego, hoje chamado de RG, eles só pedem pra mim e pra você
Que não tinha o passe pra preto
É tipo apartheid nego, hoje chamado de RG, eles só pedem pra mim e pra você
Nossa juventude se perde por estratégia estatal
Eles nos dão armas, colete à prova de bala, deixam passar a droga
Depois invadem com HK e ponto 40 jogando sua massa cefálica pra fora.
Eles nos dão armas, colete à prova de bala, deixam passar a droga
Depois invadem com HK e ponto 40 jogando sua massa cefálica pra fora.
Armação!
Eles temem que o poder chegue em nossas mãos
Não seremos massa de manobra
Tô logo avisando, não quero ver ninguém aqui fora da escola
Eles temem que o poder chegue em nossas mãos
Não seremos massa de manobra
Tô logo avisando, não quero ver ninguém aqui fora da escola
Pegue o parceiro da erva...
E queimando, o ensine a fazer poesia
Nosso papel é esse e nem corra
É atirar em disparada
Com o pente carregando de palavra
Na direção da burguesia!
E queimando, o ensine a fazer poesia
Nosso papel é esse e nem corra
É atirar em disparada
Com o pente carregando de palavra
Na direção da burguesia!
Rool Cerqueira é integrante
do Coletivo ZeferinaS. Poesia para ela é, para além de versos, a força que lhe
mantém de pé, sua arma de combate ao sistema e o meio que expressa suas dores e
também suas alegrias e é, também, o caminho para sua liberdade mental.
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