quinta-feira, 7 de junho de 2018

Era da Informação




Era da Informação

Expectorante na sua mente; então isso é São Caetano, era da informação
Calabetão, onde o Bagulho é Tenso; Então, né jão, firmão. Papo de visão: a cada 11, morre preto; então só preto... que papo sem visão, sou preto, vim do guetto e não vou morrer fácil, não. Como eles dizem né, ladrão? filho do cão fazendo disgraça nos MCs que sem visão tô na visão pra Falcão enquanto cês tão sentado, aconchegado, sem saber o que fazer com tanto papel real acumulado

Eu sou taxado, dou mais um trago, sou abordado compulsivamente pelos fardados, eles perguntam: você que é a disgraça? Eu disse: eu sou; eles dizem “ferrou”

Expectorante na sua mente, então isso é Calabetão, era da informação (contra tempo ‘é informação’ 2x)

Respira aí...

Não sou sabota, mas dá pra reparar a poesia aqui. eu vim passar pra te falar: morre preto em todo lugar, dá pra reparar (parar parar 3x) né brincadeira nem parquinho de diversão, se você é preto cê é o ladrão (sempre é 4x) isso é Salvador terra do Pelô, mas cadê o amor com o povo? Nada, nada de amor com o povo Nagô... peço por favor, meu protetor, mais amor é dessa vez quem se calou

resistência povo Nagô
África, mãe África
Bó Dagba Ba ipá ire pín o ifé com Iwo
Sentiu o peso do povo Nagô?
O candomblé virou moda, dá pra reparar (para para 2x) pra pensar, Não Brinque com Exu, peça Ba

Bo
Dagba
Dide
Dupe
Orisá

Expectorante na sua mente então isso é a disgraça era da informação

Preto Disgraça é poeta, MC, participante dos movimentos literários e poéticos da periferia, promotor de eventos, declamador de poemas nos corres dos buzus.

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