Dia de Bantu
(Iara Villanueva)
Da quitanda ouviu meu batuque,
sambando seguiu, sem lengalenga
era bambambã do Semba,
garantia na umbigada o seu xodó.
“Maribondo me mordeu, pelo sinal
me mordeu foi no umbigo, pelo sinal”
Berimbau tocou banguela, sabia ser chamamento,
No balanço, fina mandinga,
Gunga, Médio, Viola,
atabaque, agogô, pandeiro,
caxixi, ganzá,
com ele não tinha fuá,
foi alí que fez escola.
Aprendeu a se virar.
Largava qualquer muamba,
driblava qualquer capanga,
saltava de banda, caía de pé,
farofa, cachaça, macumba na aliança,
Vadiava até cansar.
Voltava gingando para o seu mocambo.
coração de zabumba, pensando na bunda mais bela,
dura preta bunda, de pano da costa e tanga,
Desejando avistar a serra livre da barriga,
O cume dos mamilos,
Seu Quilombo de amor.
Sorria de canto,
contando as miçangas na altivez no cangote
que iria fungar, só para ouvir um muxoxo
Sentir o sangue borbulhar feito moqueca no tacho,
babar mais que quiabo e dendê
comer de mão, se lambuzar,
o amor, era a sua Kimbanda
Ganhou enfim munguzá e dengo,
amoleceu da cabeça ao mocotó,
Sem perceber foi caçado por um cochilo borocochô,
deixou cair o cachimbo,
sorriu mais uma vez, com a graça de um moleque.
Até dormindo era faceiro, até dormindo era lindo
Real vida banto, de um rei preto retinto.
Da quitanda ouviu meu batuque,
sambando seguiu, sem lengalenga
era bambambã do Semba,
garantia na umbigada o seu xodó.
“Maribondo me mordeu, pelo sinal
me mordeu foi no umbigo, pelo sinal”
Berimbau tocou banguela, sabia ser chamamento,
No balanço, fina mandinga,
Gunga, Médio, Viola,
atabaque, agogô, pandeiro,
caxixi, ganzá,
com ele não tinha fuá,
foi alí que fez escola.
Aprendeu a se virar.
Largava qualquer muamba,
driblava qualquer capanga,
saltava de banda, caía de pé,
farofa, cachaça, macumba na aliança,
Vadiava até cansar.
Voltava gingando para o seu mocambo.
coração de zabumba, pensando na bunda mais bela,
dura preta bunda, de pano da costa e tanga,
Desejando avistar a serra livre da barriga,
O cume dos mamilos,
Seu Quilombo de amor.
Sorria de canto,
contando as miçangas na altivez no cangote
que iria fungar, só para ouvir um muxoxo
Sentir o sangue borbulhar feito moqueca no tacho,
babar mais que quiabo e dendê
comer de mão, se lambuzar,
o amor, era a sua Kimbanda
Ganhou enfim munguzá e dengo,
amoleceu da cabeça ao mocotó,
Sem perceber foi caçado por um cochilo borocochô,
deixou cair o cachimbo,
sorriu mais uma vez, com a graça de um moleque.
Até dormindo era faceiro, até dormindo era lindo
Real vida banto, de um rei preto retinto.
Iara Villanueva é
multiartista soteropolitana, Bacharelanda Interdisciplinar em Artes pela UFBA,
com experiências que passeiam entre o orgânico e o digital. Cantora,
compositora, seletora, percussionista, atriz na rua, pirofagista, assinou
roteiro e fotografia de videoclipes... descobriu na poesia espaço de diálogos
para suas inquietudes, leva publicações autorais e performances com música e
poesia ao cotidiano da cidade.
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