É daqui que vim
É daqui
que vim, e com Fé em Deus não vou sair
Desce
escada e entra em becos com garra para seguir
Desde
cedo, fui ensinado a ter que dar duro enquanto meus amigo brincava e pulava
muro
Mas
esse suor, hoje me fez ser quem eu sou,
Tudo
culpa do meu pai por eu ser um vencedor
E nesse
mar, camarão que dorme a onda leva, e por falar em sono lembro da minha vea,
que por mim colecionou muitas olheiras,
Esse
verso também dedico a ti, velha guerreira.
Vivi em
meio a crime, vi vários cair
E ainda
hoje vejo vários se iludir.
Quase
me iludi, mas o rap me salvou
Antes
do crime, a poesia me abraçou
Me
senti vivo
Passei
me orgulhar
E hoje
a Onça que é meu bom lugar.
Domingo,
feriado
Cerveja,
churrasco
De
quina dando uns trago
Os
pivete com rádio
Ligado
em tudo, medindo cada passo,
Castelando
pronto
pra trocar com os cara do outro lado.
Alguns
encarcerado
Pela própria
mente,
Mas
sonhando em ter um futuro diferente.
Mas
independente disso tudo
Sufoco,
pipoco, os loko que tão solto
não tem
paisagem mais bela do que as casa sem reboco...
Renildo Santos é
poeta de rua e MC do grupo de rap In.Verso juntamente com Carlos Menezes (Aedo
mc). Integrante da produção da batalha Pega Visão, Rimas de Esquina e do
coletivo Pega Visão do bairro de Sussuarana, em parceria com o Sarau da Onça,
na militância pelo povo preto periférico.
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