Sistema
Nazista
Perdeu-se o brilho daquela esteira de
estrelas
Que se estendia a caminhar tranquilamente sobre o asfalto
Os brotos morreram, as flores murcharam
Vidas foram ceifadas a flor da idade
Pela foice que corta, na frieza da morte
Por displicência da carne
Foi-se a juventude da alma
E perdeu-se o brilho e ofuscaram o asfalto
Mancharam de sangue coração dilaceraram
Caminhos tortuosos e destinos cruéis
Em meio a frágeis e poderosos
Injustiças entre vítimas e réus
Tenho que parar
Tenho que parar porque não cabe no poema
Esse triste cenário pobre miserável
De mentes estúpidas e corações insensatos
Me tirem desse sistema nazista
Sem perspectiva otimista
Sem que me tirem a vida
Sem que massacrem minhas crianças
Sem que prostituam as minhas meninas
Me tirem desse sistema tão ego
Me tirem desse sistema tão ísta
Por favor, favela
Me tirem desse sistema nazista
Geilson dos Reis é
um poeta soteropolitano, consciente do seu papel de fazer revolução com a
palavra. Sua poesia é visceral e ancestral, cuja temática é combater todos os
preconceitos, principalmente o racismo, machismo, homofobia. Luta em defesa dos
direitos humanos e da descolonização do pensamento, com proposta de novos
paradigmas e modelos para as novas gerações.
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