Pátria
Acordo cedo, me
arrumo, me perfumo.
Passo na casa da
vizinha, aonde eu sempre escuto uma piadinha.
Lá vai a bixa, o
viado, o baixo-astral,
Mas eles esquecem que
viado é animal
Oh mas não é o ser
humano o bicho racional?
Que cria, inventa,
canta e encanta,
Cria armas, inventa
caixões para guardar as almas
Canta pátria amada,
enquanto amor no Brasil é só uma fachada Encanta?
Só se for os
pilantras
Que pegam, roubam e
investem,
enquanto a melhoria
na educação só prometem
No colégio? Tem
cobra, ladrão e manifestação
No final, só fizemos
passar na televisão, aonde a mídia, cria, aumenta e inventa
E a bancada do
governo? Ela é quem sustenta,
com o 1,2,3 gravando
os políticos continuam falando e falando,
enquanto nosso
dinheiro diminuindo e eles?
Mais uma vez nos
roubando e no final coloca o hino nacional
"Pátria amada,
Brasil" enquanto a
Prata que aqui
existiu, ninguém viu, sumiu.
Riick Lima (Rian
Henrique Lima) se identifica como um poeta da quebrada. Sua poesia luta pelos
seus direitos, em busca de quebrar tabus e preconceitos. Sua inserção no mundo
poético foi iniciada em 2016, e as temáticas que aborda são várias,
recorrentes, e dizem muito de sua identidade: negritude, homossexualidade e
intolerância religiosa.
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