quinta-feira, 7 de junho de 2018

Pátria




Pátria

Acordo cedo, me arrumo, me perfumo.
Passo na casa da vizinha, aonde eu sempre escuto uma piadinha.
Lá vai a bixa, o viado, o baixo-astral,
Mas eles esquecem que viado é animal
Oh mas não é o ser humano o bicho racional?
Que cria, inventa, canta e encanta,
Cria armas, inventa caixões para guardar as almas
Canta pátria amada, enquanto amor no Brasil é só uma fachada Encanta?
Só se for os pilantras
Que pegam, roubam e investem,
enquanto a melhoria na educação só prometem
No colégio? Tem cobra, ladrão e manifestação
No final, só fizemos passar na televisão, aonde a mídia, cria, aumenta e inventa
E a bancada do governo? Ela é quem sustenta,
com o 1,2,3 gravando os políticos continuam falando e falando,
enquanto nosso dinheiro diminuindo e eles?
Mais uma vez nos roubando e no final coloca o hino nacional
"Pátria amada, Brasil" enquanto a
Prata que aqui existiu, ninguém viu, sumiu.

Riick Lima (Rian Henrique Lima) se identifica como um poeta da quebrada. Sua poesia luta pelos seus direitos, em busca de quebrar tabus e preconceitos. Sua inserção no mundo poético foi iniciada em 2016, e as temáticas que aborda são várias, recorrentes, e dizem muito de sua identidade: negritude, homossexualidade e intolerância religiosa.

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