Éramos humanos
Éramos
todos humanos
Até
que:
A raça
nos desconectou
A
religião nos separou
A
política nos dividiu
A
riqueza nos classificou
E a
Peto nos parou
Era
mais um menino
Na rua
do capão
Com o
olhar de pura emoção
O homem
parou
Sem
nenhuma retenção
Só
mirou na cabeça
Matou o
tal “vacilão”
Sem
neurose e sem caô
Eu peço
Por
favor
Parem
de atirar
Em um
futuro trabalhador
Clama a
mão
De João
Maguino Pensador
O
menino que viveu o terror
Sem
pudor
Virou
mais um
Que foi
pro caixão
Sem
cartas na mão
Júlia Victória
Tavares dos Anjos é natural de Recife-PE, foi criada e reside em Salvador-BA, com
os pais, avó e irmãos. Iniciou a carreira de poeta aos 15 anos, junto com a
inspiração de Michele Carvalho. Preta, periférica, vida difícil, nunca é o que
é estudo potente, mas sabe o que é ser abordada por sua cor de pele.
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