Flores e facas
Há
facas que entram pelos
ouvidos
e olhos,
Fervem
o sangue,
Acelera
o coração
Cortam
a garganta,
Trituram
a língua,
E saem
mais afiadas
Que
quando entraram,
Cortando,
dilacerando,
triturando,
Espíritos
e corpos
Desprotegidos.
Há
flores que no abraço,
Penetram
na pele,
Perfumam
O rio
de rosas
Que
transpassa
O meu
corpo,
E o ar
Que
expiro
Pelo
nariz,
Exalando
a respiração
Daquele
Que se
dispõe
A ser
Feliz
Celeste Costa é nascida e criada no bairro de
Mata Escura. É escritora, filósofa, poeta, capoeira e artista de rua. Atua no
Grupo de Arte Popular A Pombagem com intervenções poéticas e teatrais. Como
contista negra, é uma das vencedoras do Prêmio Malê de Literatura, edição 2016,
para jovens escritor@s negr@s.
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