Cabula XII
“Pela
decisão dos anjos, e julgamentos dos santos.
Excomungamos,
expulsamos, execramos e mal dizemos”
(Baruch de Espinosa)
Verdadeiramente
maldito é o homem detido em sua arte diante do poder e do Estado. As suas
fábricas infestam os nossos céus com suas cores artificiais. A vitrola em seu
gabinete toca uma melódica de mentiras.
Tupi, índio guarani,
Angola, Guiné, Negros Bantos e os Orixás, AXÉ! A câmara de gás engolindo os
olhos no holocausto. A ciência desenvolve armas para conter as mentes mais
exacerbadas. A cura? Está na moeda! O governo recruta uma polícia especializada
em disseminar uma doença racista.
Bala! E Fogo, comem
carne preta! Adriano de Souza Guimarães, Agenor Vitalino dos Santos Neto, Bruno
Pires do Nascimento, Caíque Bastos dos Santos, Évison Pereira dos Santos,
Jeferson Pereira dos Santos, João Luís Pereira Rodrigues, Natanael de Jesus
Costa, Ricardo Vilas Boas Silva, Rodrigo Martins Oliveira, Tiago Gomes das
Virgens, Vitor Amorim de Araújo.
Aos 12 mortos do
Cabula! E por mais que vocês nos matem, eu renasço! Vejam nossas maternidades
agora, estão cheias do choro da vida. Martin Luther King, Malcolm X!
Meus heróis tombaram
pela intolerância de seus Estados! O desatino da sucessão de novidades vazias,
não varrerá da história o que foi escrito com sangue...
Alex Bruno
escreve desde a infância, entre os 10 e 12 anos, e revela que tinha a mania de
relatar os seus afazeres em “diários”, por apenas algum tempo, mas que os
textos foram logo perdidos... Tem participação em antologias e faz parte do
CEPA – Círculo de Estudos, Pensamento e Ação.
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