Intenso
Desgaste
e exaustão mental,
levando
os olhos pelo mesmo caminho.
Culpa
atribuída aos ciclos
que não
se cumpriram
e
outros que nem iniciaram,
esse
tempo relativo parece que só chega tarde,
quando
a graça já foi embora
e não
há mais nada a ser descoberto,
só
mesmo o cumprimento da tabela vital e obrigatória
que nos
rodeia em tempo integral.
Cápsulas
por vezes se fazem necessárias
para
que os dias em par passem mais depressa
e
amenizem as mazelas que abatem os pensamentos
em
diversos tons acinzentados.
A alma
comprometida se reflete no corpo,
e este,
por sua vez, dói muito
pela
força física de continuar de pé,
a
gravidade pesa ainda mais,
comprimindo,
chegando
quase a soterrar
tudo
que fazemos questão
que
esteja sempre intacto e bem visto.
E
agora,
o amor
não é mais responsável
por
esse desconserto
e sim
uma suposta dúvida
sobre a
essência natural e imutável
dos que
se dizem humanos.
Então,
agora despida dessa esperança tão almejada,
e nem
sempre alcançada,
aguardo
que o senhor tempo
se
encarregue de sustentar ou decapitar definitivamente
alguma
crença em algo...
o que
quer que seja!!!
Manuela Ribeiro é
nascida e criada no bairro de Castelo Branco. É museóloga, poeta, atriz e
produtora cultural. Idealizadora e realizadora do Coletivo Mulheres Aguerridas.
Integrante do Grupo de Arte Popular A Pombagem e do Coletivo Arte Marginal
Salvador, vem realizando recitais poéticos e espetáculos de teatro de rua nas
periferias da cidade. É membro do Movimento Popular de Teatro de Rua da Bahia.
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