quinta-feira, 7 de junho de 2018

Desvendando a farsa




Desvendando a farsa

É uma farsa, que promove nossa desgraça
que diz nos proteger mas na prática é quem nos mata,
alguns escondem a cara, muitas vezes de farda parda,
Financiados pelo estado, forja, tortura, rouba, espanca e mata,
Dizem ser pelo povo, mas ingênuo é você que acha que eles são treinados para te proteger,
já tá escaldado, conta outra, muda a história,
invade o gueto põem terror dizendo trazer melhora
mas no final de contas mata mais que a própria droga,
Vê se se toca, a política é contra o preto e não contra as drogas,
Pois enquanto vários morrem no gueto vocês esquecem o helicóptero do bacana encontrado cheio de coca
Distorcem a realidade e quem se fode é a maloca, nos beco, vielas, quebrada das casa torta
Por que a PETO não mata traficante que mora no Corredor da Vitória, então não se iluda, a polícia da favela não é a mesma da Pituba, e espero que vocês não tenham esquecido a chacina do Cabula.
Enquanto o branco é condenado, o preto é executado, torturado, frequentemente silenciado.
Mas viemos dar o recado, nessa cidade de pouco amor, e deixar bem escuro que o critério de execução sempre foi dado pelos traços e pela cor
Tem algo errado em Salvador, na Orla faz proteção, na favela faz sentir dor,
pouco amor que faz sangrar a ferida, ironia escrita na lateral “pacto pela vida”
de quem? Se nessa história sempre fui refém?
Se a justiça me maltrata, agora vou chamar por quem?
Prezar pelos que tão vivo e chorar pelos que foram mandados para o além,
Contrário dos menino bom que se empolga com uns vintém, sentando o dedo e mostrando que sabe matar também
que desde de moleque não foi ajudado por ninguém, mas morre cedo e contrariado, fazendo o mal achando que faz o bem,
Namoral, favela passa mal, desde o buzu lotado às rajada que mata no gueto mas que não sai no jornal
A solução é nós por nós, do começo até o final. Reaja a essa e toda violência e sejamos nós a resistência marginal!

Lucas Silva é poeta militante pelo grupo de poesia Resistência Poética, atuando também na capoeira angola, no pixo e no graffite em favor da liberdade do povo preto.

Nenhum comentário:

Postar um comentário