quinta-feira, 7 de junho de 2018

É o fim das gargalhadas




É o fim das gargalhadas

É o fim das gargalhadas
É o fim das gargalhadas mentirosas
É o fim da noite na qual tentávamos morrer
É o fim da ética e dos livros de autoajuda
É o fim do whisky que você queria beber
É o fim da histeria, da psicose e da alucinação
É o fim do pânico, da pânica e da respiração ofegante
É o fim do amargo gosto em vossa garganta
É o fim do amargo gosto de se viver
É o fim da vergonha, do ego e do alter-ego
É o fim da mesquinharia e da necessidade de ter pra ser
É o fim de tudo isso
É o fim da Quadra, da pomba, da magra, da doida, da massa, da lata furada
E a poesia concreta e indiscreta
Tal qual uma dama perversa e funesta
Brada trovões de insatisfação
Então vivemos à margem da imagem
Qual um pombo à pombagem
De um verme à verminagem!

Fabricio Britto é nascido e criado no bairro da Fazenda Grande do Retiro, é filósofo, arte-educador, poeta, músico e teatrólogo. Idealizador do Grupo de Arte Popular A Pombagem e do Coletivo Arte Marginal Salvador, vem realizando desde 2009 recitais poéticos e espetáculos de teatro de rua nas periferias da cidade. É pesquisador da Poesia Satírica de Luís Gama, principalmente os aspectos filosófico e jurídico.

Patric Adler é nascido e criado no bairro do São Caetano, é poeta declamador, palhaço, ator e músico. Idealizador do Grupo de Arte Popular A Pombagem e do Coletivo Arte Marginal Salvador, vem realizando desde 2009 recitais poéticos e espetáculos de teatro de rua nas periferias da cidade. Teve seu poema intitulado Dor Viva publicado pelo Projeto Doce Poesia Doce.

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