É o fim das
gargalhadas
É o fim
das gargalhadas
É o fim
das gargalhadas mentirosas
É o fim
da noite na qual tentávamos morrer
É o fim
da ética e dos livros de autoajuda
É o fim
do whisky que você queria beber
É o fim
da histeria, da psicose e da alucinação
É o fim
do pânico, da pânica e da respiração ofegante
É o fim
do amargo gosto em vossa garganta
É o fim
do amargo gosto de se viver
É o fim
da vergonha, do ego e do alter-ego
É o fim
da mesquinharia e da necessidade de ter pra ser
É o fim
de tudo isso
É o fim
da Quadra, da pomba, da magra, da doida, da massa, da lata furada
E a
poesia concreta e indiscreta
Tal
qual uma dama perversa e funesta
Brada
trovões de insatisfação
Então
vivemos à margem da imagem
Qual um
pombo à pombagem
De um
verme à verminagem!
Fabricio
Britto é nascido e criado no bairro da Fazenda Grande do Retiro, é filósofo,
arte-educador, poeta, músico e teatrólogo. Idealizador do Grupo de Arte Popular
A Pombagem e do Coletivo Arte Marginal Salvador, vem realizando desde 2009
recitais poéticos e espetáculos de teatro de rua nas periferias da cidade. É
pesquisador da Poesia Satírica de Luís Gama, principalmente os aspectos
filosófico e jurídico.
Patric Adler é
nascido e criado no bairro do São Caetano, é poeta declamador, palhaço, ator e
músico. Idealizador do Grupo de Arte Popular A Pombagem e do Coletivo Arte
Marginal Salvador, vem realizando desde 2009 recitais poéticos e espetáculos de
teatro de rua nas periferias da cidade. Teve seu poema intitulado Dor Viva
publicado pelo Projeto Doce Poesia Doce.
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