Guerrilha Mina
(Jamile
Santana)
Guerrilha
mina, guerrilha
É fio
que tece a vida
Agulha
que costura ferida
Que
fere os que vacila
Pontiaguda
perigosa e fina
Guerrilha
mina, guerrilha
Guerreira
na batalha na lida
Abriga
nela os quatro elementos
Das
águas reflexivas
É fogo
essa menina
Terra
raiz ancestralidade
Ventania
e tempestade
Oyá
Guerrilha
minha, guerrilha
Intensa
tensa intuitiva
Travada
densa pronta pra briga
Coração
razão barriga
Gerada,
geradora, gira mundo, mundo gira...
Guerrilha
minha, guerrilha
Sensibilidade
também lhe habita
Sabia,
não? Mulher preta também é sensível
É de
amor e guerra, amigo
Mais
que amor lhe cabe no peito
Na alma
entranha na veia
Mulher
preta é amor por inteiro
Guerrilha
mina, guerrilha
E
depois de tantas guerras
A mina
segue a sua sina
Se mune
de poesia
E volta
com novas armas ara velha...
...Guerrilha
mina, guerrilha!
Jamile Santana é filha de Oyá, poetisa, atriz, compositora, graduanda em
humanidades, coordenadora cultura no projeto La Frida Bike, integrante do grupo
de música e poesia Coletivo Boca Quente, mentora da editora Carolinas;
Transcrevendo Oralidade.
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