quinta-feira, 7 de junho de 2018

Cotidiana




Cotidiana

Favela é quem vela
E os moleque é quem dança
Aqui a bala canta, mas não encanta
Se no sorriso de uma criança
Desnuda esperança
Então me explica
Quem foi que enxergou numa bala essa tal de esperança?
Mas como diria meu mano Obeso:
- A vida é dura, mas não desisto da labuta
Faço do palco minha morada maior
Da poesia uma prece
Na esperança de ver o mundo melhor
Vendo meus olhos com flores
E caminho
Pois sei que todo ato de amor não é vão nesse mundo vazio
Por isso, amem
Atentos
Pois ainda há tempo para o amor reverberar.

Diana Manson é nascida e criada no Calabetão, Salvador-BA. Cantora, compositora, atriz, poeta. Escreve desde os doze anos, antes sobre as dores; não imaginava e deixou de escrever. Após os quinze anos voltou a escrever, as palavras brotaram, descobriu que deixar a dor ser também era preciso. Passou a escrever sobre a comunidade, o colégio, os amores, a rua. Teve oportunidade de adentrar outros espaços, passou a fazer poesia no buzu. Movida pela arte, se descobriu parte. Reverberando, vivendo e movimentando o corpo no mundo, levando este corpo enquanto memória. O intuito é comunicar, passar a informação. Poesia Solta.

Nenhum comentário:

Postar um comentário