Cotidiana
Favela
é quem vela
E os
moleque é quem dança
Aqui a
bala canta, mas não encanta
Se no
sorriso de uma criança
Desnuda
esperança
Então
me explica
Quem foi
que enxergou numa bala essa tal de esperança?
Mas
como diria meu mano Obeso:
- A
vida é dura, mas não desisto da labuta
Faço do
palco minha morada maior
Da
poesia uma prece
Na
esperança de ver o mundo melhor
Vendo
meus olhos com flores
E
caminho
Pois
sei que todo ato de amor não é vão nesse mundo vazio
Por
isso, amem
Atentos
Pois
ainda há tempo para o amor reverberar.
Diana Manson é nascida e criada no Calabetão,
Salvador-BA. Cantora, compositora, atriz, poeta. Escreve desde os doze anos,
antes sobre as dores; não imaginava e deixou de escrever. Após os quinze anos
voltou a escrever, as palavras brotaram, descobriu que deixar a dor ser também
era preciso. Passou a escrever sobre a comunidade, o colégio, os amores, a rua.
Teve oportunidade de adentrar outros espaços, passou a fazer poesia no buzu.
Movida pela arte, se descobriu parte. Reverberando, vivendo e movimentando o
corpo no mundo, levando este corpo enquanto memória. O intuito é comunicar,
passar a informação. Poesia Solta.
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