Cosmos
Trivial e insano
Dormirei em espaço celeste
Abraço o teu caos
E o transformo em meus
Demônios são meramente demônios
Enquanto não se percebem
Andando em umbral
Querendo se redescobrir
Louvo enquanto debocho
Da sua plena capacidade de sedução
Mas quando se olha no espelho
O que vê
Você é realmente você?
Máscaras quantitativas
Parindo em espaço de tempo
Caindo em espaço de tempo
Reconheço cada fala
Já assisti esse filme antes
Roteiros decorados, subjugados
Inércia de pensamento
Subestima esse sentir
Que se foi em passos largos
Quando ofertou minha carne
Da forma mais simplória
Numa falsa liberdade
Cosmos: Pedrinhas jogadas no chão
O tempo era só mais um
Incompletude de personagens
Carregando água em peneira
Desperdiçando conexões cósmicas
Gênesis
Preferi morrer
Sobre um verbo inexistente
De quem nasceu ali
Humanamente terrenos
Porque você não é você.
Marina Lima tem 28
anos, produtora audiovisual, arte educadora, integrante do Coletivo Cutucar, e
do Coletivo Cabeça. Ambos trabalham no Subúrbio Ferroviário de Salvador. Começou
a escrever aos 16 anos. E tornou-se jasmim ao entardecer. Devaneios?
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